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nossos livros e fotos para voçê.

nossos livros e fotos para voçê.

Se voçê gosta de ler bons livros e ver boas fotos, chegou ao lugar certo. Aqui podera ter tudo isto que procura. fique a vontade para voltar quantas vezes quizer.

 

 

 

 

        Sobrevivência.

 

 

 

Autor

Roberto Carlos Carvalho

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

     Agradecimentos

 

Agradeço a minha esposa e amiga, Mari,

por ter que me aguentar,nesses momentos de inspiração, em que fiquei escrevendo este romance. Agradeço, a voçê, marici, pela dedicação de revisar o texto e efetuar as devidas correções,.

 

Agradecimento especial aos pesquisadores, e colaboradores na produção do livro Frutíferas e plantas úteis na vida  amazônica, eles me ajudaram muito, pois sou deficiente visual e sem estes esclarecimentos ficaria muito difícil descrever as plantas citadas no meu livro.

 

As pessoas que lerem meu livro peço que, se possível, deixem-me um recado seja de aprovação ou crítica no e-mail abaixo:

 

Roberto.shiatsu@hotmail.com

 

 

 

 

 

 

Próximo do caos

 

    No final do século vinte e um as coisas estavam muito agitadas no planeta Terra.

   No início do mesmo século, a vida das pessoas havia mudado muito, devido a todas as transformações que se sucederam em todas as áreas, como, por exemplo, em dois mil e um, tudo começou na área geopolítica; atentados; guerras; mudanças climáticas.

 

A China se torna o mais promissor país nas próximas décadas, os Estados Unidos da América sofrem um golpe do qual não se recuperaria jamais, o atentado, que ficou conhecido como onze de setembro.

    Heis que, dois aviões sequestrados por um grupo terrorista de fundamentação religiosa, denominado alcaeda.

    Os aviões foram guiados até chocarem-se contra o maior edifício, naquele país, que também era o maior centro comercial do mundo, morreram mais de quatro mil pessoas,

 

    No Brasil um operário sobe ao poder, pela primeira vez.

Muitas coisas aconteceram.

 

    O Brasil se torna o mais provável sucessor dos Estados Unidos na liderança do planeta.

 

 

 

    Ainda na primeira década os EUA (Estados Unidos da América)

fizeram guerra com o Afeganistão, invadiu o Iraque, julgou e executou seu presidente.

 

 

   Em dois mil e oito quase no final do ano, aconteceu que o mundo financeiro ruiu em quase todo o planeta, só alguns países conseguiram continuar crescendo, entre eles os que mais cresciam eram China e Brasil, que, no final da segunda década já eram os senhores do mundo.

    Se estabeleceu uma nova ordem que dizia:

 

Vamos cuidar do planeta, e deixar tudo bem para quem vem depois de nós.

 

   Esta mensagem se implantou devido às grandes mudanças climáticas ocorridas nas primeiras décadas, principalmente as revoluções solares, que faziam as pessoas enlouquecerem.

    Agora no final do século, quando as sirenes de alarme soavam, avisando uma possível explosão solar que libertava uma enorme onda radioativa que ao penetrar a atmosfera da Terra, fazia com que a superfície do planeta cada vez aquecesse mais.

 Este alarme era a última da tecnologia, mas mesmo assim o povo ficava todo perdido sem saber o que fazer naquele momento, pois alguém havia dito que a qualquer momento tudo poderia ir pro inferno.

 

 

 

   Em meados do século vinte e um, havia se tornado obrigatório, para todas as pessoas que não tinham ocupação, passar algum período em uma escola se dedicando a alguma especialização, esperando algum dia ser chamado para o serviço.

    Em todo o mundo sobravam especialistas  em todas as áreas, mais assim os governantes podiam continuar manipulando o poder.

 

 

   Até a década de 2040 os EUA haviam gastado todas as suas reservas financeiras com a NASA, que, se viram obrigados a privatizá-la,

 

A Igreja Católica adquiriu os direitos totais sobre a NASA.

  Até ali, todos os esforços tinham sido em procurar uma nova forma de vida no universo, mas agora nos anos da década de 2050 as coisas iam muito ruins no planeta, assim sendo, era melhor gastar dinheiro com alguma coisa que viesse preservar a vida na Terra.

 

 

    Secretamente as autoridades agiam às escondidas, pois ficaram sabendo pelas últimas análises cientificas, que não demoraria muito tempo para que o aquecimento global fizesse com que todos os vulcões do planeta explodissem, ou seja, iriam entrar em erupção, só não sabiam se explodiriam todos ao mesmo tempo ou sucessivamente.

 

 

 

 

    Vários deles já soltavam fumaça negra há mais de trinta anos, como na cordilheira andina, em Porto Rico, na Islândia, e até mesmo o Yellowstone, só este último já era motivo de sobra pois, bastava ele explodir para destruir toda á vida no Hemisfério Norte, e suas influências no Hemisfério Sul, ainda não são conhecidas.

Se não bastasse o Yellowstone ainda havia todos aqueles outros vulcões  em todo o planeta a fumegar como se fôssem enormes caldeirões prestes à cozinhar toda a vida da Terra.

 

 

As agências espaciais voltaram seus esforços para criarem locais com capacidade para manter a vida por muito tempo fora da atmosfera da Terra, para depois retornar ao planeta, dependendo de como ocorressem as coisas aqui no planeta, o tempo poderia ser mais ou menos longo.

   Pelos cálculos mais animadores teriam que passar cerca de seiscentos anos até a volta; só não sabiam como ficar tanto tempo lá em cima, precisavam aperfeiçoar as técnicas de congelamento, só assim poderiam fazê-lo.

  Começaram a transformar as estações orbitais em locais para a sobrevivência de algumas centenas de pessoas, nesta década que falamos neste momento, havia duas estações, uma que pertencia à NASA, que agora  chamava-se CASA DE DEUS, e a que pertencia ao grupo Brasil China, que por ironia  chamava-se LAR DO POVO.

 

 

 

 

 

 

Estava em andamento a construção de mais duas estações, uma pelas igrejas protestantes, que já a denominavam abrigo divino; a outra era de um grupo de grandes industriais, que já a chamavam de casa da sorte, pois no final tirariam a sorte para ver quem iria se refugiar nela.

 

 

 

 

Em 2073 os primeiros humanos foram descongelados e observados. Garantiu-se que eles não haviam sofrido quaisquer danos, os vegetativos como eram chamados as enzimas que facilitava o congelamento tinham funcionado muito bem, porém as pesquisas continuaram.

 

Em 2090 já estavam a testar a versão 6.3 do vegetativo.

  Neste ano foram congelados 320 seres humanos sendo sempre iguais à porcentagem para ambos os sexos.

 

Eles deveriam ficar congelados durante duzentos anos, ao invés dos vinte e cinco que vinham sendo usados até aquele momento.

  Tudo isto era feito por baixo dos panos, ninguém da população estava à parte do que se passava.

  As autoridades sabiam que se as multidões soubessem,  enlouqueceriam, e isso não seria bom para ninguém.

   De quando em quando apareciam algumas noticias sensacionalistas sobre o que os governos estavam a realizar, mas logo eram esquecidas,

para isto aqueles que estavam no comando, criavam um novo estilo virtual de se comunicar pela rede, e assim todos esqueciam.

 

  A rede virtual de computadores fôra a maior arma de controle de massas, bastava a rede criar um novo tipo de comunicação, às vezes apenas trocando o nome da nova hospedagem, e todo mundo passava a se cadastrar na nova maneira, a ultima moda da internet.

 

 

No começo do caos.

 

 Já ninguém, ou quase ninguém, trabalhava nos anos, da década de 2090.

Na verdade, uma vez que já desenvolveram, até aquela altura, máquinas com a aparência humana, em todas as atitudes, exceto de desenvolverem algo fora dos seus programas.

 

Usando a tecnologia de robótica desenvolvida com comandos de chips, e usando a tecnologia das células-tronco, que haviam sido usadas na criação de órgãos para implantes, tal como todas as demais partes do corpo humano.

  Somando os softwares super desenvolvidos geraram um grupo de operários de todas as áreas, com a exceção da parte dos SOFTWARES.

 

  Aos humanos cabia apenas freqüentar as aulas todos os dias estipulados, durante o mês e seu cartão de alimentação e compras de outras necessidades era então, renovados.

 

Era sesta-feira, dia 26 de setembro de dois mil e noventa e sete, uma manhã quente e seca, como todas nas últimas décadas.

Há seis meses tinha ocorrido muito movimento no céu, subiram e desceram naves o tempo todo, mas já há mais de quatro meses não se via ninguém a voar.

 O céu era num tom cinza escuro, não se viam as estrelas já há muito tempo,

 encontrava-se mesmo quem dizia que era mentira que elas lá estavam;

e se estavam e brilhavam tanto então porque não as viam, pois se podia se ver o Sol, também deveria ser possível vê-las, nem que fôsse à noite.

  Estes não imaginavam que aquele Sol que viam não era nem de perto a visão daquele Sol esplendoroso que subia como uma bola de fogo que não se podia olhar para ele sem queimar os olhos, porém agora, era só um ponto alaranjado no céu, cinza para o qual se podia passar horas observando com olhos nús.

 

 

    Eram onze horas aproximadamente quando as sirenes dispararam avisando que o Sol estava a cuspir fogo, era a maneira que a população denominava as explosões solares que cuspiam ondas de radiação que super aqueciam o planeta cada vez mais, isso já era rotina na vida, uma vez que toda semana ocorria pelo menos um alarme.

 

  E Raul olhou para a esposa Fabi que escutava a sirene apreensiva, sempre que acontecia de a sirene soar, ela ficava nervosa, era uma mulher decidida, baixa, um metro e cinqüenta, como ela mesmo dizia.

Era de composição robusta, mas não gorda, ombros largos e quadris largos, bem forte, mas naqueles momentos era muito frágil.

   - agora mesmo é que vai esquentar, disse ela levantando-se.

 

  - Não vai ser diferente das outras vezes, disse-lhe Raul. E acrescentou: - Tenho que terminar aquele reparo na máquina 23 até o anoitecer e coloca-la no turno da noite para ver como ela se porta.

  - ok vá lá.

   Ele se levantou da mesa, onde estivera a comer, e se dirigiu para ela e deu-lhe um suave beijo em seus lábios e saiu.

Raul era alto quase um e noventa de altura, pesava uns oitenta e tantos quilos, tinha musculatura definida de quem praticara esportes por um bom tempo, crescera em uma granja, sempre em contato da natureza, por mais que naqueles tempos a natureza não era mais do que campos cultivados por máquinas de todos os tipos, talvez o motivo de ser ele escolhido para substituir a vaga ali, fôra a sua criação, sem dúvida.

Alguma, todas, ou a maioria das pessoas desejavam trabalhar um dia, mas todas, quase todas, queriam uma vaga perto de onde moravam e não queriam deixar as cidades, porque adoravam freqüentar os centros comerciais e ali passavam quase todo o dia.

  Quem iria querer ir para aquele lugar, no interior do Amazonas, bem próximo da reserva ambiental.

 Não era lá essa coisa comparada ao que era no inicio do século vinte.

 

 

 

 A estação onde estava localizado, ficava a oitocentos km da mata cultivada de castanheira, que agora era usada em tratamento na cura de todos os cânceres, trezentos km mais adiante começava a reserva amazônica, que era a maior do mundo, tinha cerca de dois bilhoes e meio de  kilômetros quadrados de área, perto deste tamanho só existia uma na África que, juntas, eram responsáveis por mais de cinqüenta e cinco porcento  da mata terráquea, e ele tinha a possibilidade de morar ali toda a vida que pudesse viver!

 

 Saiu para o hall do elevador e acionou o botão de chamada, morava no sexto andar do edifício residencial, que tinha dez andares e era dividido em dois apartamentos por andar.

Mesmo ali no campo as autoridades resolveram fazer tudo como se estivessem em uma pequena cidadezinha, o conjunto habitacional era constituído de um edifício residencial, uma quadra de tênis e outra poli-esportiva, um campo de futebol pequeno, uma piscina e um playground, vinté famílias viviam ali.

   Cerca de cem metros da vila residencial ficava a escola das crianças e dos adultos, e cem metros a esquerda ficava as oficinas.

 

   O elevador parou e as portas se abriram dando passagem,

Raul entrou.

 

     - ola! -disse

     - como vai hoje, Bob?

 

  Bob era um sujeito bem humorado, aproximadamente um metro e setenta de altura e mais de cem kilos, cabelos claros, olhos azuis, pele clara, tão clara que às vezes parecia feito de leite.

 

 

- Tudo bem -respondeu, acha que o planeta iraá agüentar por mais tempo, Raul,

indagou Bob.

 

 

Raul ficou calado um pouco, sabia que o que tinha dito à Fabi, não eraverdade.

Não seria como nas outras vezes, pois nenhuma delas era igual,

à cada dia o calor se tornava mais insuportável fora dos abrigos de moradia dos humanos. Muito da fauna e da flora se perdia.

 

À cada dia, mais e mais se perdia.

 

- Parece que sim - disse Raul.

 

 

Raul estava ali há dois anos, e a primeira pessoa com quem fez amizade, fora  Bob, apesar de Bob ser da idade de seu pai e Raul fora trabalhar exatamente sob suas ordens.

 O elevador parou no terceiro andar, e Sr. Marcos entrou.

Era um sujeito de seus oitenta anos, muito magro e alto; também quase tão alto como Raul.

 

  - Boa tarde meninos - era a forma como se dirigia à quem era mais jovem que ele.

 

   As coisas mudaram muito nos últimos tempos, na década de 2040 as pessoas viviam muito mais anos do que no inicio do século, devido aos remédios de última geração que estavam mantendo os seres humanos vivos por muito mais tempo.

 Na década de setenta foi determinado que toda pessoa que alcançasse cento e oitenta anos deveria tomar a injeção letal,

sendo assim, na década de oitenta, cerca de três bilhões de pessoas receberam a letal injeção, e seus corpos foram queimados; muitos não haviam chegado à idade de 180 anos, mas ninguém se manifestou contra.

  Era uma medida de sobrevivência da espécie humana, pois agora em fins do século vinte e um éramos quase dezoito bilhões de habitantes.

 

 

 

   A comida era racionada, a água era reaproveitada, e as cidades eram compostas de apenas arranha-céus de aproximadamente quatrocentos andares em média.

 Isso fora feito para economizar espaço livre para o cultivo de alimentos.

   O elevador parou no térreo e todos saíram, Bob e Raul se despediram de Marcos e seguiram para o edifício de manutenção, calados à meio do caminho, viram as crianças brincando no pátio da escola, sorriram e seguiram em frente.

    Quando entraram na manutenção Bob perguntou:

 

    - Ccomo está a unidade 23C.

 

   Creio que ficará pronta para assumir seu posto essa noite -respondeu-lhe Raul.

 

  - Ótimo.

 

Bob se dirigiu à sua sala e Raul foi para a sessão de montagem,

ali havia sobre uma mesa de inóx um homem de feições jovens, estava de olhos fechados, tinha os membros direitos totalmente destruídos, era uma massa de carne vermelha com manchas brilhantes, estas manchas eram as, hastes metálicas que as máquinas humanas usavam como ossos.

    O serviço de Raul, neste caso, era apenas trocar aqueles dois membros.

  Foi até uma caixa que já havIá deixado ali próximo da mesa antes de sair para o almoço, conferiu novamente seu interior e viu as duas peças que iria trocar; era um braço e uma perna totalmente novas, não se diferenciava de um braço e uma perna humanos, se não fosse as, hastes metálicas que sobressaíam da parte superior de ambos os membros que se ajustavam ao ombro e ao quadril.

 

   Raul pegou em uma serra elétrica e começou a cortar as hastes que mantinham o braço e a perna do robô ligadas ao corpo. cortou até que elas estivessem fora do resto do corpo, a carne que revestia as hastes tinham sido dilaceradas depois de sancionados os membros, ele  se aproximouo da articulação do ombro e, com um bisturi, cortou a carne junto à uma depressão que havia na articulação, depois soltou o pequeno pedaço das, hastes metálicas que se fixava no ombro, logo após pegou o braço e, cuidadosamente, conectou a haste metálica no ombro e, em seguida, pegou um tubo que continha um líquido vermelho escuro, era a última novidade da Medicina; era uma cola orgânica que fechava um ferimento em trinta segundos; e não deixava nenhuma marca.

 

Depois disto, fez o mesmo com a perna e logo mais estava terminado.

Agora era esperar que a musculatura da perna e do braço fossem irrigados pelo coração, e depois fazer os testes de mobilidade e resistência.

 

 

    Cinco horas da tarde.

 

   - Obrigado doutor! - falou a unidade 23C.

 

Chamavam de doutor as pessoas que os consertavam.

 

- Ok - afirmou Raul - agora vá para o seu turno.

 

Ele tratava essas maquinas indiferente, pois sabia que só falavam aquilo que estava em seus bancos de memória e não demonstravam nenhuma inteligência.

   Raul se perguntava porque os robôs, como ele os apelidara, não eram programados para fazer aqueles tipos de reparos, afinal não era nada difícil de se fazer.

 

Mas as autoridades não o faziam, devia haver alguma coisa, talvez não queiram dar tanta autonomia à essas máquinas, pensou.

  Bem, seja como for, é melhor assim, imagine uma sociedade onde as maquinas consertam-se umas as outras.

   Dez minutos depois que a unidade 23C saiu, Raul deixava a manutenção, à sua frente uns trinta metros, caminhavam Bob e Lucas, iam conversando, Lucas era um cara dessa nova geração, tinha dezessete anos e há um ano trabalhava ali, era um excelente programador e analista de sistema computacional.

  Era alto e magro, media cerca de um metro e oitenta de altura e pesava não mais de 70 quilos, sempre calado, bem tímido, porém agora falava e gesticulava com Bob, parecia muito exaltado.

  Acelerou o passo até que chegou ao lado deles, percebeu que haviam parado.

 

     - ola! Rapazes. -

 

    - ola! - responderam quase em uníssono.

   

    - Já sabe a novidade? -perguntou Bob.

 

   - Que novidade?

   - Lucas acabou de me dizer que amanhã a cúpula mundial irá fazer um pronunciamento em âmbito mundial.

 

   - Ché! Não deve ser nada que preste, - falou Raul com cara de maus pressentimentos.

 

   - De acordo com os últimos boletins metereologicos, a temperatura na superfície da Terra subiu cinco graus centígrados nas últimas horas, mas isso não é tudo, o centro da Terra parece ter subido ainda mais, sabem o que isso siguinifica?  -perguntou Lucas.

 

   Os dois homens à sua frente estavam olhando para o chão, sabiam o que siguinificava aquilo tudo, tudo iria pelos ares à qualquer momento.

  Os dois homens balançavam a cabeça afirmativamente.

 

   - Precisamos fazer alguma coisa, não podemos mais esperar, - falou Raul.

 

    - Fazer o quê? - perguntou Bob.

 

   - Não sei! Mas não podemos ficar aqui, precisamos ir para lá antes que seja tarde, de mais! -respondeu Raul, apontando para a sua direita no rumo de onde ficava a floresta.

 

   - Mas por que ir para a floresta?  - perguntou Lucas.

 

   - Raul tem razão, se temos de sair para algum lugar, tem que ser para a Floresta Amazônica.

 

  - Não compreendo! - disse Lucas,  a floresta está cheia de perigos para nós, existem animais selvagens lá; muito perigo;

 há malaria, febre amarela e sabe la o que mais.

 

    - Porém, nas cidades haverá muita confusão, o povo vai entrar em pânico, e mesmo para, aqueles que sobreviverem, não existirá mais remédios e muito menos alimentos em condições de nutrir uma  pessoa, - disse Raul e acrescentou - enquanto que na floresta haverá animais para nos colocar em perigo, mas há também animais que servirão para a alimentação das pessoas, alem disso, frutas e outras raízes e nabos que são comestíveis, alem de uma infinidade de plantas medicinais, na sua maioria, catalogadas e temos vários volumes impresso em papel ultra durável.

 

   Este papel era também a última novidade do artigo, tratava-se de um papel que mesmo segundo estudos dos cientistas até molhado não se desmanchava como o papel comum, este novo papel poderia durar até mesmo mais de dois mil anos sem nenhuma proteção.

 

 

    Lucas abanou a cabeça finalmente concordando,

   - Quando acham que devemos partir? - perguntou Lucas.

 

   - Primeiro devemos fazer uma reunião mais à noite com os demais, e depois, sugiro que partamos o mais depressa possível. - falou Raul

 

   - Acho que tens razão, vou marcar uma reunião com todos às oito. -disse Bob.

 

Todos foram para as suas moradias, quando chegou Bob foi direto para o telefone e começou a agendar a reunião.

  

 

 Bob abriu a porta e entrou em seu apartamento, viu a esposa sentada junto à mesa dando de comer à seus dois filhos, Mike tinha quatro anos, e Maria LiZa,

 estava na casa dos sete anos.

Eram os filhos do seu segundo casamento; do primeiro,  tivera também dois filhos, Roger, que morava em São Paulo, era casado e tinha uma linda filha, sua neta Margot.

  E Paulo que havia casado no ano passado, morava em Curitiba.

Voltando a realidade local, Bob olhou de novo para a mulher que continuava a dar de comer, se adiantou e sussurrou para todos ouvirem:

   - Já cheguei. Preciso dar uns telefonemas urgentes.

 

   Rosa não se alarmou, sabia que aquilo era a deixa para que as crianças, o deixassem em paz.

  Até que ele voltasse e disse-se

  - Oi estou em casa prá ficar.

 

 

 

  Ele se dirigiu para a sua sala de estudos, era uma pequena saleta, onde ficavam quatro poltronas dispostas uma de frente para a outra em ambos os lados da sala, ao sentar-se em uma delas que estava a sua esquerda, acionou um botão na parede e uma plataforma começou a deslizar para frente da parede, formando uma pequena mesa, Bob olhou-a à sua frente e apertou um botão, logo apareceu o característico som de linha, em seguida digitou 00001 e logo uma voz feminina disse:

    Digite sua senha.

 

Bob digitou a sua senha de administrador e aguardou,

novamente a voz falou

 

   - Bem vindo Senhor Bob, aguardando comandos.

 

 Marque reunião geral às vinte horas, - ordenou Bob ao computador, - isso é tudo, ok.

 

    - Reunião marcada para as vinte horas, confirmado.

 

Bob desligou o telefone, apertou outro botão na parede e a mesa começou a entrar novamente no seu lugar de origem.

  Levantou e dirigiu-se, para a cozinha e disse:

   - Oeie! Estou em casa prá ficar.

 

 

As crianças se atiraram sobre ele, que já rolava pelo chão gritando e rindo; agarrou-as  e começou a fingir uma luta corporal, na qual, logicamente se deixava vencer e depois, era amarrado, julgado, executado e tinha que cumprir a pena e geralmente tinha que carregar os dois, um de cada vez nas costas dando sete voltas na sala, só assim podia ir pra cozinha jantar.

 

  O relógio marcava sete e dois minutos ,quando Bob entrou na cozinha e sentou em uma cadeira que estava à cabeceira da mesa, Rosa colocou o prato na sua frente e olhou para ele.

  Bob começara a comer feito louco, até parecia que nunca havia comido na vida e que morria de fome, foi então que percebeu que, na verdade, ele comia rápido, mas seus olhos brilhavam de contentamento, então, viu aquela leve ruga de preocupação, estranhou, porque aquela ruga, geralmente, quando  aparecia na sua testa, ele sempre perdera o apetite mas, no entanto, comia satisfeito e, isso ela não podia entender, por isso não se agüentou:

 

   - Que acontece?  Por que come desse jeito? Se estás com essa ruga aí na testa. Pode me explicar?

 

   - Vá se arrumar, temos uma reunião geral às oito, não lhe resta muito tempo, daqui a pouco lhe digo.

 

 

  Ela se levantou e foi para o quarto vestir uma roupa de sair, pois estava de camisola,

  Dez minutos estava de volta, o relógio marcava set e vinte.

 

 

    - Poderia me dizer do que se trata essa reunião!

 

    - Ainda não, primeiro as crianças, - apontou para os dois que estavam na sala, e então disse:

    - Maria ponha o menino na cama, e às nove vá se deitar, de manhã sairemos cedo, durma bem. - falou abaixando se para beijá-la no rosto e depois olhou para o garotinho que já dormitava na poltrona, pegou-o no colo e o levou para seu quarto depositando-o na cama.

  Saindo do quarto disse:

 

   - Agora podemos ir.

  - Ainda falta meia hora, afinal, vai me dizer o que se passa?

 

   - Lá fora, disse, apontando a porta de saída.

   - Ouviu dizer que a cúpula irá fazer uma declaração em nível mundial, é sobre a elevação da temperatura, perguntava ele, quando fechava a porta do apartamento atrás dela.

 

  - Sim! Vi, e daí? O que isto tem a ver com a reunião?

 

    - Tudo, estávamos a falar sobre o pronunciamento, Lucas e eu ,quando chegou o Raul.

 

     - Sei quem é, dizem que é muito inteligente.

 

    - Pode apostar nisto, confirmou Bob, e então ele nos fez ver o seguinte....

 

  Bob narrou tudo à Rosa que balançava a cabeça negativamente, e chorava mansinho.

 

   - Não é possível! Jura que não é verdade?

 

     - Não posso. Estive pensando, e ele tem toda razão, já havia conssentido na hora, depois pensei mais, e cheguei à conclusão que ele está mais do que certo.

  Sairam do elevador e caminharam um pouco mais à frente ficava os jardins, sentaram num banco de pedra e ficaram ali mudos por alguns minutos.

  Rosa era formada em Administração, e por isso era uma pessoa prática, havia assimilado bem o exercício do auto controle, depois de pesar os prós e contras, falou:

 

   - Está certo, nós vamos, Raul está correto!

 

 

 

 

 

  Quando Raul abriu a porta de seu apartamento, viu Fabi chorando no sofá, correu para ela e a abraçou carinhosamente, perguntando:

  

  - O que aconteceu? Porque estás a chorar?

 

    - O mundo acabou, disse ela apontando para as notícias congeladas na tela do computador, e começou a chorar mais forte.

 

   - Nada disso, amanhã iremos embora daqui.

 

   - Como assim, falou ela parando de chorar, estava apenas a soluçar.

 

   - Isso mesmo! Iremos e não o faremos só.

   - Agora é que não entendi nada.

 

   - Agora há pouco estive a falar com Bob e Lucas, e ambos irão conosco.

 

   Ela o fitou espantada, já há vários anos, ela vinha dizendo que eles tinham que se refugiar, pois as transformações no planeta estavam muito próximas; mas Raul sempre dizia que seria tudo igual e, que talvez, ocorressem estas mudanças, no tempo de nossos netos e como seus pais ainda eram vivos, que ela se acalmasse.

   Quero ir prá selva, lá me sentirei mais segura, Fabi sempre acabava a conversa com essas palavras.

 

    - E prá onde vamos?  - perguntou ela, já sem chorar e começando a sorrir levemente.

 

    Iremos para a Floresta Amazônica.

 

  O sorriso se tornou uma gargalhada, e então, saltou sobre ele, começou a beijá-lo, e depois de alguns minutos mais tarde ambos estavam nús a satisfazer seus desejos.

 

  O relógio marcava dez para as oito ,quando Fabi e Raul saíram para o jardim interno do edifício residencial e atravessando este, estariam na porta de acesso à sala de reuniões. Ao começarem a andar, Raul vil bob e sua esposa sentados em um banco à sua esquerda, dirigiram-se aos dois.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   - Ola! Tudo bem? - perguntou Raul.

 

  - Ola! Sim, tudo bem, falou Bob os fitando, via que fabi estava radiante; parece que ele não disse nada à ela, será?

Pensou Bob.

 

 

    - Boa noite Fabi parece muito feliz nessa noite, nunca a vi com esse ar de tamanha felicidade! - afirmou Rosa, ao mesmo tempo que ambas trocavam um longo abraço.

 

   - Quê, ainda não sabe?

 

   - Sabe o quê? - perguntou Rosa por sua vez, esperando que fosse algo referente à filhos.

 

  - Bob não lhe falou, sobre a partida? - perguntou Fabi, fechando a cara.

 

  - E isso é motivo de tanta alegria? - respondeu Rosa - passar o resto da minha vida no meio do mato, o que será que vai acontecer.

 

   - Será o único lugar onde teremos chance de sobreviver -afirmou Fabi.

 

se voçê gostou do que leu e deseja saber qual sera o final desta historia, entre em contato com o autor no email,

roberto.do.shiatsu2@gmail.com

e por apenas reais 10,00 ele lhe enviará um audio livro e voçê, podera continuar sua leitura.